Bovespa volta a recuar no fim do dia e fecha em baixa de 3,85%

• 0

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a ter um pregão de forte volatilidade nesta quarta-feira (8). Depois de abrir em baixa de 6% e chegar a registrar valorização em alguns momentos do dia, a tendência negativa se consolidou após um discurso do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que afirmouainda ser cedo para buscar "sinais encorajadores" no mercado. À tarde, o mercado repercutiu a notícia de que a GWI Asset Management divulgou comunicado afirmando que fechará seus fundos GWI FIA e GWI Classic para a realização de resgates. Segundo a empresa, "os cotistas serão contatados para esclarecimentos, segundo os fatos relevantes publicados pela administradora".

Com isso, o índice Ibovespa - referência para o mercado financeiro brasileiro - teve baixa de 3,85% no dia, encerrando aos 38.593 pontos, aumentando a queda de 2008 para 39,6%. O patamar é o mais baixo para o Ibovespa desde outubro de 2006. O volume financeiro negociado foi de quase R$ 7,3 bilhões. Entre as ações mais negociadas, a Petrobras voltou a afundar 5,65%, enquanto a Vale teve baixa de 0,76%. Entre os bancos, a Nossa Caixa teve retração de mais de 12%. Nas altas, destaque para a indústria alimentícia Perdigão (+6,7%) e para a BM&FBovespa (+5,97%).

Estados Unidos

A bolsa de Nova York também perdeu o fôlego registrado no meio do dia e acabou fechando no vermelho depois das declarações do secretário do Tesouro sobre a crise financeira. Em pregão volátil, o indicador Dow Jones teve baixa de 2,21%, enquanto o índice eletrônico Nasdaq recuou 0,81%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quarta-feira que a previsão de crescimento mundial para 2009 foi reduzida. A previsão para a expansão da América Latina agora é de 3,1% para o ano que vem. De acordo com o Fundo, o Brasil deve crescer 3,5%. Europa

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações européias, amargou uma queda de 6,1%, para 941 pontos, o menor patamar desde 17 de dezembro de 2003. Entre os principais mercados, Londres caiu 5,18%, Frankfurt recuou 5,88% e Paris caiu 6,39%. Na Inglaterra, o avanço da crise sobre os bancos fez o governo anunciar um pacote de 50 bilhões de libras esterlinas em socorro às instituições. O plano servirá para comprar ações nos principais bancos do país, que sofreram fortes quedas na terça-feira, chegando cerca de 40% no caso do Royal Bank of Scotland (RBS). Com a compra das ações, os bancos serão parcialmente nacionalizados. Ásia

Na Ásia, onde os mercados fecharam antes do corte global de juros, o temor de uma recessão mundial dominou os negócios. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 9,37%. Foi a maior queda diária desde 1987, quando baixou 14,9%. A pontuação desta quarta, inferior a 10.000, ficou no menor nível desde junho de 2003. Em Seul, o índice Kospi teve queda de 5,81%. A Bolsa de Xangai fechou com perdas de 3,4%. Em Jacarta, o pregão foi encerrado quando a bolsa operava em baixa de 10,38%. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 5.5%.