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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra sua segunda alta consecutiva nesta quarta-feira (29), à espera do anúncio dos rumos nas taxas de juros no Brasil e nos EUA. Às 15h07, o Ibovespa - principal indicador do mercado brasileiro - apontava valorização de 5,14%, aos 35.103 pontos.

Dólar cai pelo terceiro dia

O principal fator que influencia os mercados é a expectativa com o anúncio das novas taxas de juros, tanto nos EUA quanto no Brasil, que será realizado na tarde desta quarta. Atualmente, a taxa brasileira de juros está em 13,75% ao ano, enquanto a americana situa-se em 1,5%.

No EUA, a maioria dos analistas espera que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central do país) reduza sua taxa de juros para combater o crescente temor de recessão no país.

Já no Brasil, os analistas estão divididos sobre a postura que será adotada pelo Banco Central (BC) na reunião. Alguns apostam na elevação da Selic – taxa de referência de juros no Brasil –, e outros na queda. Há ainda um terceiro grupo que aposta na manutenção dos índices.

Outros países já se adiantaram. O BC da China cortou sua taxa básica de juro e a taxa incidente sobre depósitos em 0,27 ponto percentual, o terceiro corte promovido pela autoridade monetária chinesa em seis semanas. Além disso, existe a expectativa de que também o Japão pode reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual.

Panorama interno

No cenário nacional, o mercado aguarda a votação pelo Congresso da Medida Provisória que autoriza os bancos estatais a comprarem instituições financeiras em dificuldades. Além disso, existe a expectativa que o governo anuncie linhas de crédito de cerca de US$ 3 bilhões para o setor de construção civil, onforme adiantado ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Também foi anunciado que a taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do país pesquisadas pela Fundação Seade, em convênio com o Dieese, caiu para 14,1% em setembro, ante a taxa de 14,5% em agosto. A taxa é a menor para um mês de setembro desde 1998.

Mesmo assim, no entanto, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) registrou queda de 11,7% na passagem de setembro para outubro. Com ajuste sazonal, o ICI recuou ao menor nível desde janeiro de 2006, para 106,1 pontos.

Cenário externo

Nos Estados Unidos, os principais indicadores operam no azul, invertendo a abertura negativa. Já na Europa, a maior parte das bolsas registra ganhos superiores a 5%.

A exceção é a bolsa de Frankfurt, na Alemanha, que cai enquanto os investidores se desfazem das ações da Volkswagen, após notícias de que a bolsa de valores alemã irá cortar o peso de ações no índice DAX, depois de uma forte valorização das ações da montadora na véspera, que fez dela a maior companhia do mundo por alguns instantes.

Na Ásia, o pregão também foi de ganhos. O índice Nikkei da bolsa de Tóquio fechou em alta de 7,7%. Em Hong Kong, o índice Hang Sang encerrou o pregão com leve alta de 0,84%. O mercado acionário de Taiwan registrou alta de 0,15%. Na Austrália, o principal índice acionário do país teve valorização de 1,3%. Em Xangai, a bolsa foi na contramão dos demais mercados, e encerrou a quarta-feira com uma queda de 2,94%.

Disparada

Na terça-feira, a Bovespa teve um pregão de euforia, rompendo uma seqüencia de cinco quedas consecutivas. O Ibovespa fechou em alta de 13,42%, aos 33.386 pontos. O giro financeiro ficou na casa dos R$ 4,9 bilhões.

Foi a segunda maior alta da bolsa nacional no ano, atrás apenas dos 14,66% registrados no dia 13 de outubro, com a reação a pacotes de ajuda ao setor financeiro em vários países. Mesmo com o resultado, a Bovespa ainda acumula perdas de 47,7% no ano e de 54,6% desde o pico de valorização em 2008, no dia 20 de maio.

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