Rio de Janeiro (Folhapress) A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) registrou alta de 0,63% em outubro. O resultado interrompe uma seqüência de cinco meses seguidos de taxas negativas. Em setembro, o índice havia apurado deflação de 0,13%. A aceleração nos preços de bovinos e combustíveis pressionou a taxa de outubro.
Atacado e varejo foram responsáveis pelo ganho de fôlego da inflação. Os bens finais (produtos acabados) registraram alta de 0,42% em outubro, ante uma taxa negativa de 0,57% em setembro. A principal contribuição para a aceleração partiu dos alimentos "in natura. Sua taxa passou de -7,34% para -0,45% em outubro. Os combustíveis e lubrificantes para a produção voltaram a subir e passaram de 4,90% para 5,60%. O aumento pressionou a taxa dos bens intermediários (insumos industriais), que registraram alta de 1,03% em outubro, ante uma variação de 0,91% em setembro. Os preços das matérias-primas brutas voltaram a subir com a aceleração de 13 dos 22 itens que compõem o grupo. A taxa passou de -2,23% em setembro para 0,80% em outubro. Os principais destaques de alta foram bovinos (-3,64% para 8,10%), café em coco (-7,40% para 4,23%) e leite "in natura (-6,84% para -2,09%). A aceleração só não foi maior porque produtos como aves, milho e suínos intensificaram a trajetória de queda de preços.
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