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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad: mercado vê com ceticismo metas do arcabouço fiscal.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad: mercado vê com ceticismo metas do arcabouço fiscal.| Foto: Diogo Zacarias/MF

A meta do arcabouço fiscal proposto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – já aprovado pela Câmara e agora tramitando no Senado – é fechar as contas públicas do ano que vem com resultado primário neutro. Ou seja, com receitas e despesas iguais ou então dentro de uma banda de tolerância (para mais ou para menos) equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Analistas de mercado, porém, veem esse objetivo com ceticismo. A mediana das projeções coletadas pelo Banco Central aponta para um déficit primário (despesas maiores que receitas) equivalente a 0,7% do PIB em 2024. Mas instituições como Bradesco, XP Investimentos e a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, preveem rombo ainda maior, de 1% do PIB.

“Para fechar a conta e chegar a um resultado primário neutro em 2024, em linha com a meta definida na LDO, o governo precisa de R$ 110 bilhões a R$ 150 bilhões adicionais em receitas líquidas de transferências. As medidas anunciadas pelo governo até o momento são insuficientes para se chegar a tal valor”, comenta a equipe da XP.

Também há dúvidas para os anos seguintes. Enquanto o governo promete superávit primário de 0,5% do PIB em 2025 e 1% em 2026, o ponto médio das expectativas de economistas apontam para 0,34% e 0,2% do PIB, respectivamente. Se confirmadas as projeções, isso significa contas no vermelho durante todo o governo Lula.

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