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O fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) para o Brasil recuou 3,9% em 2013, na comparação com o ano passado, mas se manteve em nível elevado: US$ 63 bilhões, revelou pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pela agência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Com a queda, o Brasil caiu da quinta para a sétima colocação no ranking do organismo. Mesmo assim, o país se manteve como o principal destino de investimentos da América do Sul, respondendo por 47% do IED para o continente.

As Ilhas Virgens Britânicas receberam mais investimentos do que Índia e Brasil juntos, revelou a pesquisa. O arquipélago caribenho, um paraíso fiscal baseado no turismo, recebeu US$ 92 bilhões em 2013, segundo a Unctad, o quarto maior volume.

A maior economia do mundo, os Estados Unidos, atraiu US$ 159 bilhões. A China, segunda maior economia, recebeu US$ 127 bilhões. Com uma alta de 83% no IED, para US$ 94 bilhões, a Rússia saltou da nona para a terceira posição, pela primeira vez na História. Segundo a Unctad, o avanço foi puxado pela aquisição da petroleira BP de 18,5% da Rosneft. Índia recebeu US$ 28 bilhões em IED em 2013, segundo o relatório.

O estudo da Unctad destaca que o IED subiu 11% no ano em todo o mundo e somou US$ 1,46 trilhão. Do total, 52% foram para os emergentes. Segundo o organismo, o declínio do volume destinado ao Brasil "deve ser visto no contexto de um forte crescimento nos anos anteriores que elevaram o IED no Brasil para altas históricas". A queda do fluxo de investimentos puxou o recuo do IED para o Mercosul, afirma a Unctad, que recuou 2,3% em 2013, na comparação com 2012. No bloco sul-americano, Argentina (-13%) e Paraguai (-32%), que têm peso menor para o resultado do grupo, também recuaram.

Os analistas de mercado brasileiros reduziram as previsões para IED no Brasil em 2014 na última pesquisa Focus, feita semanalmente pelo Banco Central, de US$ 60 bilhões para US$ 57,7 bilhões. Para 2015, a previsão segue sendo de US$ 60 bilhões. O corte acontece em meio à crise de credibilidade que o Brasil vem sofrendo no mercado internacional e aos temores de que o país possa perder o grau de investimento de agências internacionais de classificação de risco.

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