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A inovação, na era veloz em que vivemos, é uma necessidade. Mas como abordá-la na complexa realidade brasileira? Quem responde é Kip Garland, diretor da InnovationSEED, consultoria especializada no tema, que também esteve na IT Conference durante a semana passada. Para ele, embora o brasileiro possa ser um tipo criativo, o país não é inovador e é preciso enfocar a questão de modo diferente do usual.

"Dizem que o Brasil tem baixo acesso à tecnologia, mas que em compensação as empresas são inovadoras", explica. "Mas justamente por ter pouco acesso o país é muito mais aberto a experimentar diferentes tecnologias – Windows e Linux no software, GSM e CDMA na telefonia celular, e assim por diante. E as empresas ditas inovadoras não inovam em nada, apenas conseguem fazer as coisas certas diante de um cenário dificílimo. As pessoas, na verdade, confundem inovação com jeitinho."

Para Kip, a inovação, no Brasil, não passa pelos incrementos pontuais que só chegam às classes mais abastadas (banda larga, telefones celulares de terceira geração etc). Passa por empreendedorismo e educação. "O Brasil é o país que mais gasta no mundo em livros escolares... e tem um dos piores índices de educação. É preciso inovar na mentalidade e inovar nas coisas onde o país é fraco e por isso mesmo configuram excelentes oportunidades, tecnológicas ou não: educação, saúde, segurança e assim por diante", dispara. E nada de esperar o governo fazer isso. O vício patriarcal, existente desde as capitanias hereditárias, precisa acabar um dia.

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