Brasil e México anunciaram, nesta terça-feira (23), a conclusão das negociações para o reconhecimento mútuo da cachaça e da tequila. O principal objetivo é proteger a denominação de origem dos dois produtos.
Assim, a cachaça vendida no México só poderá levar no rótulo o nome da bebida se for brasileira e o mesmo valerá para a tequila mexicana comercializada no Brasil. Ao reconhecer a indicação geográfica das aguardentes, o chamado Acordo Cachaça-Tequila assegura a proteção dos dois países contra a concorrência desleal de produtos que queiram se beneficiar indevidamente da reputação dessas bebidas.
“O acordo contribui também para a expansão do reconhecimento mundial da cachaça e da tequila como indicações geográficas do Brasil e do México”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo.
Em 2015, segundo dados do Conselho Regulador da Tequila, o valor das exportações de bebida mexicana ao Brasil alcançou a cifra de US$ 8 milhões (1,3 milhões de litros). Porém, as exportações de cachaça ao México totalizaram apenas US$ 65 mil (40 mil litros).
As negociações foram concluídas durante a III Comissão Binacional Brasil-México, que está ocorrendo na Cidade do México. Para entrar em vigor, o Acordo Cachaça-Tequila ainda depende da assinatura dos dois países. As regras serão estabelecidas conforme os procedimentos legais previstos pelos governos dos presidentes Dilma Rousseff e Enrique Peña Nieto.
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