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São Paulo (das agências) – O Brasil fechou ontem um acordo com a China no setor têxtil. Em reunião comandada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os chineses concordaram em restringir as exportações de oito grupos de produtos têxteis para o Brasil, o que representa algo em torno de 70 itens. Empresários brasileiros do setor do vestuário vinham contabilizando prejuízos com a concorrência dos preços mais baixos dos produtos chineses.

Hoje, em Pequim, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, e o vice-ministro de comércio chinês, Gao Hucheng, assinam Memorando de Entendimento entre os dois países que, entre os pontos, define cotas para a entrada de alguns produtos têxteis chineses no Brasil.

O acordo passará a valer 30 dias após a assinatura dos ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e do Comércio chinês, Bo Xilai, o que deve ocorrer em breve. O memorando prevê a adoção de limitação voluntária de exportações chinesas de oito principais categorias de produtos têxteis e de vestuário para o Brasil, totalizando aproximadamente 70 posições tarifárias, o que corresponde a 60% das importações têxteis.

Segundo o documento, de 2006 a 2008, as exportações chinesas para o Brasil deverão se manter num patamar estabelecido, que, no caso de tecidos de seda, por exemplo, não passará de 9% de crescimento (ou 66 toneladas) em 2007 e 10% (ou 73 toneladas) em 2008.

Ivan Ramalho destacou que entendimento similar somente foi assinado pela China com os Estados Unidos e com a União Européia. "Naqueles casos, contudo, o porcentual de cobertura do acordo foi consideravelmente inferior: no caso norte-americano, somente 45,8% e no caso europeu 30%", disse. Para ele, a colaboração de entidades representativas do setor privado, como Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), foi fundamental para o fechamento do acordo.

O controle dessas exportações chinesas será feito pelo Brasil e a China providenciará a cooperação necessária.

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