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O governo brasileiro vai começar uma ofensiva na Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar reverter o embargo à carne bovina adotado, até agora, por China, Japão e África do Sul. Nos próximos dias, serão abertas consultas com os países que suspenderam a importação por conta da descoberta de um animal contaminado com o agente causador da doença da vaca louca em Sertanópolis, no Paraná. A representação brasileira na OMC também vai iniciar uma discussão sobre o caso no Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS).

As autoridades acreditam que o pior já passou e não haverá efeito dominó. Essa foi a avaliação emitida ontem pelo Brasil sobre os embargos de China, África do Sul e Japão à carne bovina brasileira, anunciados na última semana. Em Brasília, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz, anunciou que Egito, Venezuela e Ir㠖 países entre os dez maiores importadores de carne bovina do Brasil – não vão impor restrições. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou que os embargos não têm fundamento técnico.

Entre os países que anunciaram embargo, o que mais preocupa a bovinocultura brasileira é a China. Não pelo volume de negócios, mas pelo risco de a postura chinesa se disseminar na Ásia, que importa um quarto do volume de carne bovina vendido pelo Brasil. Isoladamente, a China está longe da Rússia, principal importador com peso 20 vezes maior.

Grandes companhias do setor minimizaram os bloqueios. O grupo Marfrig afirmou que venderá para China, Japão e África do Sul a partir da Argentina e do Uruguai. O Minerva apontou que as vendas para a China representam pouco menos de 0,5% do faturamento líquido da companhia nos últimos 12 meses.

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