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A população brasileira tem o menor índice de uso de tecnologias, como computadores e celulares, se comparado a outros países da América Latina, como Argentina, México e Colômbia. Foi o que revelou o Índice da Sociedade da Informação (ISI), relatório do instituto IESE Business School, da Universidade espanhola de Navarra, que mede trimestralmente a proporção de uso de Tecnologias da Informação e Comunicações (TIC) em sociedades na América Latina.

De acordo com o relatório, elaborado em parceria com a consultoria Everis, o Índice da Sociedade da Informação (ISI) no Brasil foi o menor da América Latina - 4,21 pontos - apesar do crescimento de 1,1% comparado ao mesmo período de 2006. Novamente o Chile foi o país com maior desenvolvimento na Sociedade da Informação, alcançando 5,76 pontos e incremento interanual de 3,3%. Em segundo lugar ficou a Argentina com 4,75 pontos e, em terceiro, o México, com 4,58 pontos.

Entre os itens mensurados estão a quantidade de computadores e de celulares em funcionamento para cada mil habitantes, as despesas em TI na proporção do PIB, o desenvolvimento do comércio eletrônico e o acesso à internet.

Já no uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), o Brasil ficou em terceiro lugar entre os países pesquisados, com 7,2%, atrás da líder Argentina (18%) e da segunda colocada Colômbia (8%). Apesar do aparente bom resultado, o Brasil está abaixo da média regional - o menor índice dos últimos 15 trimestres. Chile e México ficaram com 6,5% e 6%, respectivamente. No Brasil destacaram-se a baixa penetração de computadores e celulares, respectivamente 150 e 538 unidades para cada mil habitantes. Mesmo que este índice represente um aumento de 13,2% sobre 2006, foi o menos significativo do Brasil nos últimos nove anos.

- A aquisição de celulares no Brasil está sofrendo uma desaceleração e esse foi o crescimento menos significativo em nove anos, apenas 13,2% - afirmou Teodoro López, responsável pelo setor de telecomunicações da filial brasileira da Everis.

Segundo o IESE, que no Brasil opera em associação com o Instituto Superior da Empresa (ISE), de São Paulo, a previsão é de que o país tenha 163 computadores para cada mil habitantes até o fim do ano, o que significaria um desenvolvimento de 20,8% sobre o mesmo período de 2006, e que o gasto total em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) por habitante chegue a US$ 490, equivalente a uma alta de 27,3%. A mesma melhora é percebida entre servidores de informação, com 2,2 unidades para cada mil pessoas - um aumento de 9,3%.

Apesar das aparentes melhoras, estima o IESE, o Brasil não deixará de apresentar o índice mais reduzido entre os países observados nos próximos dois trimestres, mesmo com a previsão de mais investimentos nas vendas de computadores e no gasto em TICs.

Não é a primeira vez que o país é criticado por suas políticas de acesso a tecnologias. No início de agosto, um outro relatório avaliou como insuficientes os programas brasileiros para democratizar o acesso da população às novas tecnologias .

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