Iata cita risco de "puxadinhos" nos terminais
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) avalia que a situação dos aeroportos brasileiros é grave e critica a demora com que o país prepara seus aeroportos para a Copa do Mundo de 2014.
Concessão já está decidida, segundo Anac
O diretor de infraestrutura da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Rubens Carlos Vieira, afirmou que o setor aéreo brasileiro precisa do capital privado para realizar investimentos e melhorar sua eficiência.
Pistas regionais precisam de R$ 2,4 bilhões
Levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar) estima que serão necessários investimentos de R$ 2,4 bilhões entre 2011 e 2015 para adequar um grupo de 174 aeroportos regionais para atender ao crescimento da demanda nesses terminais.
Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, quis transparecer tranquilidade em relação ao andamento das obras nos aeroportos brasileiros. "Tenho confiança que não vamos passar vergonha [na Copa do Mundo de 2014]. Como sempre, o Brasil vai fazer bonito", afirmou a ministra, depois de se reunir com o ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt.
Segundo o ministro, a reunião já estava marcada antes da divulgação, na quinta-feira, do relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que revelou que 9 dos 12 aeroportos das cidades-sede da Copa não estarão preparados a tempo para o evento. "Estamos discutindo exatamente a estratégia para que a gente possa acelerar as obras dos aeroportos, e que eles possam atender a demanda necessária para época não só da Copa, não só da Olimpíada, mas que a gente possa ter uma demanda equilibrada nos próximos anos", disse o ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt, ressaltando que várias medidas serão detalhadas futuramente.
Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, enviada ontem ao Congresso Nacional, não há previsão de recursos destinados às obras para Copa do Mundo e para os Jogos Olimpícos de 2016. "Essa é uma discussão que está sendo feita no Congresso. Os líderes devem fechar uma medida provisória sobre os temas", justificou a ministra Miriam Belchior.
"Custo do sucesso"
Na avaliação dela, os gargalos na infraestrutura, inclusive nos aeroportos, são consequência não apenas da dificuldade de investimentos, mas do crescimento na economia e do aumento da renda, que permite aos brasileiros viajar mais de avião. "O país vive outro momento, e todas as instituições precisam se adaptar a ele. É o custo do nosso sucesso. Acreditamos que, para a Copa, conseguiremos resolver boa parte dos problemas com estruturas permanentes", afirmou ela.
De acordo com a ministra, especulações sobre a viabilidade de obras de infraestrutura são naturais em eventos de porte mundial. "Vi muitas notícias sobre a Alemanha, a África do Sul e Londres. A Copa na Alemanha saiu e na África do Sul também saiu. Acho natural esse tipo de preocupação, porque esses eventos atraem curiosidade em todo o mundo."
Miriam disse que o governo considera todos os estudos sobre a perspectiva de reformas e construção de aeroportos para a Copa de 2014, mas que usa parâmetros diferentes dos apresentados pelo Ipea que é vinculado ao governo. "Temos outros parâmetros, mas queremos ouvir todos sobre o tema", disse a ministra.
Prioridades
No encontro entre Miriam e Bittencourt do qual também participaram o presidente da Infraero, Gustavo Vale, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o coordenador do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício Muniz , quatro aeroportos foram definidos como prioritários no plano de ação para acelerar as obras: Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, Brasília e Confins (BH).
Também foram debatidos hoje os diversos modelos de concessão de aeroportos. As conclusões do grupo de trabalho serão apresentados à presidente Dilma Rousseff, que deverá levá-los a governadores e prefeitos a União está autorizada desde o início do ano a repassar a administração de terminais a estados e municípios.
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