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O Brasil poderá voltar a investir na Bolívia, afirmou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Ele irá à La Paz nesta quinta-feira para participar das negociações em torno do reajuste extraordinário requisitado pelo governo boliviano sobre o preço do gás natural vendido à Petrobras.

Segundo Rondeau, será preciso, antes de decidir por novos investimentos, conhecer a regulamentação da lei boliviana que nacionalizou as reservas de gás natural do país, assim como as empresas antes pertencentes à Petrobras.

Ele observou que existem oportunidades nas áreas de gás natural, biodiesel, termoeletricidade e petroquímica. Rondeau, no entanto, ressaltou que as decisões sobre investimentos no setor de petróleo e gás cabem à Petrobras.

Demonstrando desconforto com as declarações do ministro, o presidente da estatal brasileira, José Sergio Gabrielli, destacou que o governo brasileiro tem "dezenas e centenas de outros interesses na Bolívia". E reafirmou que não comentaria negociações que ainda estão em andamento.

Após a nacionalização dos hidrocarbonetos da Bolívia, a Petrobras anunciou a suspensão de todos os investimentos previstos no país. A empresa planejava aumentar a capacidade do gasoduto Brasil -Bolívia (Gasbol) dos atuais 30 milhões de metros cúbicos diários de gás para 45 milhões.

As negociações sobre o preço do gás natural entre a Bolívia e a Petrobras foram suspensas depois de 45 dias, em função de um impasse, já que a Petrobras se recusa a pagar mais caro pelo hidrocarboneto.

As conversas foram, então, prorrogadas por mais 60 dias, conforme previa o contrato de fornecimento do gás.

O primeiro encontro, dentro deste prazo, acontece nesta quinta-feira. Caso não haja acordo ao fim do período acertado, a discussão poderá ser decidida em uma corte de arbitragem internacional.

Silas Rondeau e Gabrielli participaram da Rio Oil & Gas, maior feira de petróleo da América Latina, que vai até esta quinta-feira, no Rio Centro.

Durante o mesmo evento, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural, João Carlos De Luca, disse que o setor de petróleo no Brasil atrairá investimentos de US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos.

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