Ajudado por um bom desempenho durante a crise econômica mundial, o Brasil subiu oito posições no ranking dos países mais competitivos do mundo em 2009. No Relatório de Competitividade Global, divulgado nesta terça-feira (8), o país aparece na 56ª posição passando todos os países da América do Sul, com exceção do Chile.
Desenvolvido pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), em parceria com a Fundação Dom Cabral no Brasil , o estudo analisa as condições que os países oferecem para que as empresas nele instaladas consigam competir internacionalmente, a partir de 12 "pilares", incluindo segurança institucional, infra-estrutura, estabilidade macroeconômica, saúde, educação, mercado de trabalho e sistema financeiro.
De 2008 para 2009, o Brasil teve uma das melhores evoluções entre os 133 países do ranking, deixando a Rússia para trás pela primeira vez. "O gigante regional Brasil, em 56º, continuou com a evolução positiva impressionante que começou no ano passado, ganhando mais oito posições, ultrapassando a Rússia pela primeira vez e fechando parcialmente a lacuna de competitividade com Índia e China entre as economias do Bric", diz o WEF no relatório.
Entre os países do grupo Bric, o Brasil permanece atrás da Índia e da China, que ocupam, respectivamente, a 49ª e a 29ª posições os dois países ganharam uma posição em relação ao ranking anterior. Já a Rússia perdeu 12 posições na comparação, caindo para 63ª, fortemente afetada pela queda nas exportações.
Ranking dos analistas
O relatório deste ano trouxe também uma análise de opinião de 16 especialistas sobre economia, com o objetivo de avaliar como a recessão deve afetar a competitividade no longo prazo. Nesse ranking, que analisa 25 países, o Brasil aparece como o melhor posicionado.
Junto com Índia, China, Austrália e Canadá, o Brasil está no bloco dos poucos países cuja competitividade pode sofrer impacto positivo da crise. Na ponta contrária, a Islândia cuja economia entrou em colapso deve sofrer o impacto mais negativo.
Os primeiros
Depois de vários anos na liderança, os Estados Unidos surpreenderam e caíram para a segunda posição, atrás da Suíça. Segundo Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral e coordenador da pesquisa no Brasil, os EUA foram prejudicados pela alta dívida pública e pela volatilidade macroeconômica. "Mas, com as condições que o país oferece, necessariamente vão voltar ao primeiro lugar", afirma.
Da 3ª à 10ª posições, Suíça e EUA são seguidos por Cingapura, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Japão, Canadá e Holanda. Na última posição, aparece o Burundi, precedido pelo Zimbábue, Chade, Mali e Moçambique.
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