O Brasil registrou déficit em transações correntes de 9,333 bilhões de dólares no mês passado, recorde para novembro, influenciado pela balança comercial e remessas de lucros e dividendos ao exterior, rombo que não foi coberto pelos investimentos produtivos.
No acumulado em 12 meses encerrados no mês passado, o déficit em conta corrente do país ficou em 4,05% do Produto Interno Bruto (PIB), o mais alto desde dezembro de 2001 (4,19%), informou o Banco Central nesta sexta-feira (19).
O rombo na conta corrente no mês passado não foi compensado integralmente pelo Investimento Estrangeiro Direto (IED) que, no período, somou 4,644 bilhões de dólares, um pouco acima das expectativas apuradas pela pesquisa Reuters, de 4,5 bilhões de dólares.
O déficit nas transações correntes -- que abrangem a importação e a exportação de bens e serviços e as transações unilaterais do Brasil com o exterior -- foi impactado pelas remessas líquidas de lucros e dividendos, que somaram 2,704 bilhões de dólares em novembro, ante 2,842 bilhões de dólares em igual mês do ano passado.
Também continuou pesando a balança comercial, com déficit de 2,351 bilhões de dólares, depois de ter mostrado superávit de quase 1,8 bilhão de dólares um ano antes. O comércio exterior tem sido afetado, entre outros, pela queda nos preços de commodities com peso importante na pauta das exportações brasileiras.
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