Brasileiro não compra pela web

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O brasileiro ainda é o internauta que mais tempo passa navegando – 21 horas e 44 minutos no mês de abril, segundo o Ibope/NetRatings – mas ainda é pequeno o porcentual de pessoas fazendo compras online. Este é um dentre os dados presentes na 2.ª Pesquisa sobre uso da tecnologia da informação e comunicação no Brasil, a TIC Domicílios, realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto.br (NIC.br), entidade do Comitê Gestor da Internet Brasileira (CGI), entre julho e agosto de 2006 em 10.510 residências.

Segundo o relatório, apenas 14% dos indivíduos que já usaram a internet declararam ter adquirido bens e serviços pela rede mundial. Nos últimos 12 meses, apenas 11,3% dos internautas brasileiros realizaram alguma compra pela internet, número idêntico ao registrado entre em 2005.

Livros, revistas e jornais continuam sendo os produtos mais comprados pela web, diz ainda o NIC.br (30% da preferência). Em seguida vêm os equipamentos eletrônicos (23,6%), filmes e músicas (20,8%) e computadores e equipamentos de informática (19,3%). O cartão de crédito é o meio de pagamento mais usado (49,5%) seguido pelo boleto bancário (39%).

O porcentual de uso dos serviços de governo eletrônico – 12,1% dos consultados. Dentre os citados estão consulta ao CPF (66% dos entrevistados já o fizeram) e entrega da declaração do Imposto de Renda (48,1%).

O relatório apresentou uma boa surpresa: entre os internautas com computador em casa, a maioria (72,7%) adotou práticas de segurança visando a proteção do equipamento. Outro dado interessante: o internauta brasileiro é bem comedido no que concerne ao uso do correio eletrônico: segundo o relatório, apenas 62,5% das pessoas que usaram a internet nos últimos três meses informaram ter uma conta de e-mail de uso pessoal.

O TIC Domicílios também investigou a presença do computador nas residências. Entre desktops e notebooks, havia pelo menos um PC em 19,6% das casas. O desktop é maioria esmagadora (98%), contra 3% de laptops. Já a internet está presente em 14,49% dos lares, com maior presença no Sudeste (18,7%) e no Sul (16,9%). O tipo de conexão predominante é o acesso discado, usado em 49% dos domicílios, contra 40% de banda larga. Neste quesito, a DSL é a tecnologia mais usada (28,6%), seguida pelo cabo (6%).