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Silos da Batavo, em Carambeí: cooperativas puxaram investimentos em 2009 | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Silos da Batavo, em Carambeí: cooperativas puxaram investimentos em 2009| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Financiamento

Para conseguir financiamento, o interessado deverá encaminhar uma carta com o pedido junto com uma ficha cadastral. A ficha e outras informações sobre os pré-requisitos para garantir crédito podem ser encontradas no site. Veja as principais linhas de financiamento disponíveis:

BNDES Automático

Para obras civis, equipamentos e inclui capital de giro associado

Custo TJLP mais 6% ao ano

Prazo de pagamento – 5 anos

FINAME

Para máquinas e equipamentos. É preciso que o equipamento a ser adquirido esteja cadastrado no Finame e o tomador deve apresentar uma proposta do fabricante dentro do modelo Finame

Custo TJLP mais 6% ao ano

Prazo de pagamento – 5 anos

PSI - Programa de Sustentação do Investimento (PSI)

É o recurso mais barato do mercado hoje. Financia equipamentos novos de fabricação nacional dentro do padrão Finame. Esse programa que acabava em junho, foi prorrogado ontem pelo governo federal até o fim do ano

Juros 4,5 % fixos ao ano

Prazo de pagamento – 10 anos

Procap

Linha específica para cooperativas que financia todas as finalidades desde investimento fixo, capital de giro e capitalização.

Prazo máximo de 6 anos e custo de 6,75% ao ano.

  • Veja como foram as contratações no Paraná

O Banco Regional de Desen­volvi­mento Econômico do Extremo Sul (BRDE), controlado pelos três estados sulistas, tem R$ 1,3 bilhão para emprestar no primeiro semestre deste ano. O volume de recursos, já garantido pelo Banco Nacional de Desen­volvimento Econômico Social (BNDES), é quase do dobro do alcançado mesmo período do ano passado – R$ 670 milhões.

Apesar da forte demanda por crédito junto ao BNDES – fonte de 100% dos recursos do BRDE –, a direção do banco regional garante que se houver necessidade será possível ampliar o volume de repasses. "Não vai faltar crédito no mercado em 2010", garante o diretor de planejamento, José Moraes Neto. Apesar dessa afirmação, o BRDE já estuda novas formas de capitalização para sustentar a maior procura por financiamentos nos próximos anos (leia mais ao lado).

A previsão do BRDE é fechar o ano de 2010 com resultados próximos aos do ano passado, com um volume de contratações entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,5 bilhões. Em 2009, mesmo com a crise, o banco emprestou 50% mais do que no exercício anterior, com contratações de R$ 2,24 bilhões – 47% desse valor foi destinado ao Paraná.

O estado deu um salto na participação dos negócios do banco nos últimos dois anos, passando de R$ 396,6 milhões para R$ 1,052 bilhão em 2009. "Foi uma mudança de patamar do estado. No passado, cada estado respondia, em média, por um terço das operações", diz o diretor-presidente do banco, Airton Pissetti.

O resultado do Paraná foi puxado principalmente pelos investimentos das cooperativas agropecuárias. Somente no ano passado elas receberam R$ 570 milhões. E a demanda continua aquecida em 2010. O BRDE acaba de aprovar R$ 29,4 milhões para a Capal Cooperativa Agroin­dustrial, de Arapoti, nos Campos Gerais, que acaba de incorporar a cooperativa Coreata, de Ta­­quarituba (SP).

Máquinas e equipamentos

Segundo o BRDE, a previsão é que haja forte demanda por bens de capital em 2010, com a retomada dos projetos de investimentos por parte das empresas. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação, até o fim de dezembro deste ano, do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), voltado para aquisição de máquinas e equipamentos, que terminaria em junho deste ano. Criado como medida anticrise em 2009, o programa de recursos a longo prazo e taxas baixas de juros no BNDES terá R$ 80 bilhões adicionais este ano (leia mais abaixo).

Capital de giro

No ano passado, em função da crise econômica e da maior restrição dos bancos comerciais ao crédito, o BRDE registrou uma mudança no perfil das contratações, com um volume recorde de operações para capital de giro – voltadas para bancar despesas do dia a dia do negócio. O volume chegou, nos três estados do Sul, a 18,5% dos empréstimos, contra uma média de 5% em anos anteriores.

"Foi uma situação atípica, provocada pela crise e pelos problemas das enchentes em Santa Catarina", lembra Carlos Olson, superintendente da agência do BRDE em Curitiba.

Pelo menos 93 empresas de Santa Catarina tiveram de renegociar dívidas, que totalizavam R$ 270 milhões. A inadimplência chegou a 5% da carteira, mas vem baixando nos últimos meses e hoje está em 2%. O aumento de provisões por causa da possibilidade de perdas nas operações de crédito também impactou os resultados do BRDE. De acordo com o balanço divulgado ontem, o lucro líquido ficou em R$ 51,4 milhões, uma queda de 50% em relação a 2009. A previsão para esse ano é que o lucro líquido fique em R$ 113 milhões.

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