Brasília - O governo federal garantiu para os últimos meses da gestão Lula uma nova safra de recursos subsidiados para as empresas tomarem empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Serão mais R$ 80 bilhões de financiamento que o BNDES poderá oferecer até o fim do ano com juros reais próximos de zero para os empresários que quiserem investir na compra de máquinas e equipamentos (bens de capital). A nova injeção de estímulo ao investimento vai dar mais gás ao BNDES nessa reta final do governo e de campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República.
O anúncio do incentivo foi feito ontem com pompa pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o lançamento da segunda fase do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2). A conta para os cofres do Tesouro Nacional com todo o programa subiu para R$ 10,5 bilhões que serão liberados ao longo de até oito anos, prazo dos financiamentos. Esse é valor que o Tesouro terá de pagar ao BNDES para equalizar as taxas de mercado e os juros subsidiados oferecidos aos empresários nessa linha de financiamento, que foi criada no passado quando a economia brasileira sofria o impacto da crise financeira internacional.
Os R$ 80 bilhões se somam aos R$ 42 bilhões oferecidos inicialmente dentro do programa. Se todos os recursos forem emprestados pelo BNDES até o fim do ano, o governo terá garantido às empresas um volume total de R$ 122 bilhões de financiamento com taxas de juros bem mais baixas do que as oferecidas pelo mercado financeiro. Essa linha especial de financiamento iria terminar no final de junho e foi estendida até 31 de dezembro.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ressaltou que a instituição participará com financiamentos para os investimentos do setor privado mais voltados às concessões de projetos de infraestrutura. "Concessões de rodovias, hidrelétricas e portos. De infraestrutura em geral", resumiu. De acordo com ele, os projetos mais voltados à área social também poderão contar com recursos do BNDES, mas poderão ser divididos com outras instituições, como a Caixa Econômica Federal.
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