Objetivo do programa gestado no Ministério da Economia é incluir e qualificar jovens para o mercado de trabalho.
A taxa de jovens que não estudam nem trabalham no Brasil também é o dobro da média apresentada pelos demais países, que foi de 16,6%. A Holanda tem o menor número de jovens nessa situação, com apenas 4,6%.| Foto: Henry Milleo/Arquivo/Gazeta do Povo

Dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que o Brasil possuiu 35,9% de sua população de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam e nem trabalham. Os números fazem parte do relatório Education at a Glance 2022, divulgados nesta segunda-feira (3) pela organização.

De acordo com o documento, em um levantamento realizado com 38 países membros da OCDE, além de Argentina, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul e Brasil, o nosso país aparece na segunda colocação entre o número de jovens desocupados, perdendo apenas para a África do Sul, que registrou 46,2%.

A taxa do Brasil também é o dobro da média apresentada pelos demais países, que foi de 16,6%. A Holanda tem o menor número de jovens nessa situação, com apenas 4,6%. Ainda de acordo com o relatório, 5,1% dos jovens brasileiros que se encontram sem estudar e sem trabalhar estão há mais de um ano nessa condição.

"Esse grupo, dos que não trabalham e não estudam, deveria ser uma grande preocupação para os governos, já que alertam para uma situação negativa de desemprego e desigualdades sociais", diz o documento da OCDE. “Brasil, Grécia, Itália e África do Sul têm a maior proporção de jovens que sofrem de desemprego de longa duração: cerca de 5% ou mais dos jovens de 18 a 24 anos nesses países não estudavam e estavam desempregados há pelo menos 12 meses no primeiro trimestre de 2021. Isso os deixa particularmente em risco de desligamento de longo prazo do mercado de trabalho”, diz o estudo.