Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, falou sobre as razões para a taxa de informalidade histórica no Brasil, divulgada ontem pelo IBGE.
Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, falou sobre as razões para a taxa de informalidade histórica no Brasil, divulgada ontem pelo IBGE.| Foto: Adalberto Marques/MDR

Durante participação na 93ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, falou sobre as razões para a taxa de informalidade histórica no Brasil, divulgada ontem pelo IBGE, e afirmou que é preciso levar em conta as diferenças regionais, dando o exemplo de que no Leblon, tradicional bairro do Rio de Janeiro, um flanelinha chega a ganhar até R$ 4 mil por mês. O evento foi realizado na terça-feira (30) e contou também com a participação de outras autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Um flanelinha no Leblon ganha R$ 3 mil, R$ 4 mil por mês. Mas alguém em Jucurutu, no interior do meu estado, Rio Grande do Norte, tangendo animais, ganha R$ 200. É uma realidade completamente diferente. As pessoas têm que entender isso para poder compreender o que é nosso país”, afirmou Marinho. Segundo ele, o Brasil sempre teve metade de sua mão de obra trabalhando na informalidade e isso não é nenhuma novidade. Para o ministro, esse é um problema estrutural.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) houve um crescimento no contingente de trabalhadores por conta própria (3,3%) no terceiro trimestre de 2021. Atualmente são 25,5 milhões trabalhadores por conta própria, o maior número desde o início da série histórica da pesquisa. Esse número inclui os trabalhadores que não têm CNPJ, que cresceram 1,9% frente ao último trimestre. Com isso, a taxa de informalidade chegou a 40,6% da população. São 38 milhões de trabalhadores nessa situação.

Marinho destacou ainda que a retomada de empregos no Brasil segue forte, apesar da pandemia da covid-19. “O carro-chefe dessa retomada são os setores de serviços e da construção civil. Nós temos a convicção de que cada real empregado na construção civil tem um retorno extraordinário, principalmente na manutenção e geração de empregos. Não há maior dignidade para o ser humano do que ter a sua ocupação remunerada", afirmou.