dívida do governo
Esplanada dos ministérios.| Foto: Ana Volpe/Agência Senado

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) informou nesta quarta-feira (5) que mais de 150 auditores-fiscais do Trabalho deixaram seus postos de chefia ou coordenação. A mobilização ocorre após servidores da Receita Federal e do Banco Central (BC) também entregarem seus cargos comissionados em protesto contra o reajuste de salários apenas para policiais federais.

O Sinait se reuniu ontem com a cúpula do Ministério do Trabalho e Previdência para cobrar a negociação por aumento salarial. O movimento do funcionalismo começou depois da aprovação do Orçamento de 2022, que prevê R$ 1,7 bilhão para o reajuste das forças de segurança federais.

Os auditores do Trabalho pedem a regulamentação do bônus variável por eficiência. Esta também é uma demanda da Receita. O bônus foi aprovado pelo Congresso há cinco anos, mas não entrou em vigor. O vice-presidente do Sinait, Carlos Silva, afirmou que caso o bônus seja destinado apenas para servidores da Receita Federal, os autores do Trabalho farão a "maior mobilização da nossa história".

Segundo ele, os mais de 150 cargos de chefia e coordenação entregues representam cerca da metade dos 300 postos de comando na estrutura do ministério. "Esse número ainda vai aumentar. Deixamos claro para o ministério que a realidade que se apresenta para nós é de indignação em grau máximo. Não vamos mais aguardar outra oportunidade para que se regulamente o que está em lei", ressaltou Silva. A informação foi divulgada pelo Estadão.