Sede da Petrobras no Rio de Janeiro.
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.

A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) apresentou uma ação no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) pedindo a suspensão da atual política de preços da Petrobras. A companhia utiliza a política de paridade de preço internacional (PPI).

Com isso, o valor dos combustíveis no mercado interno é equiparado à cotação do barril de petróleo e ao dólar. A ação foi protocolada no sábado (12) e, nesta segunda-feira (14), a entidade divulgou uma nota em que afirma que a PPI "tem levado aos aumentos frequentes e desproporcionais do preço dos combustíveis".

O comunicado foi divulgado pelo presidente da associação, Wallace Landin, conhecido como Chorão, que foi um dos líderes da greve de 2018. "Não somos contra a Petrobras ter lucro, o que não aceitamos é que ela tenha um lucro de 1.400%", diz a entidade.

"Nosso pedido é pela suspensão da Política de Paridade de Preços Internacional – PPI que deixa toda sociedade refém do mercado internacional pagando pelo barril de petróleo mais de US$ 105 (preço atual) enquanto o custo para a Petrobras de produção é de aproximadamente US$ 20", aponta a nota.

A Abrava afirma que "cada aumento" recente "estrangula os brasileiros", por meio da alta dos preços de alimentos e remédios. "Não somos contra a Petrobras ter lucro, o que não aceitamos é que ela tenha um lucro de 1.400%, em detrimento do sofrimento dos brasileiros, e principalmente daqueles que trabalham com o transporte", diz a nota.