CMN fixa meta de inflação para 2023
A decisão dá continuidade a um processo iniciado em 2017 pelo CMN, com a redução da meta de inflação no Brasil em 0,25 ponto porcentual a cada ano.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou em 3,25% a meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central em 2023. Em reunião ordinária na tarde desta quinta-feira (25) o conselho também definiu uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para o cumprimento da meta. Na prática, isso significa que a inflação de 2023 deverá ficar entre 1,75% e 4,75%. A decisão de hoje foi divulgada por meio da Resolução nº 4.831, publicada pelo Banco Central e dá continuidade a um processo, iniciado em 2017, no qual o CMN vem reduzindo a cada ano, em 0,25 ponto porcentual, a meta de inflação no Brasil, sempre com a mesma margem de 1,5 pp. A meta estabelecida para 2020 é de 4%; para os anos de 2021 e 2022, as metas são de 3,75% e 3,50%, respectivamente. No Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na manhã de hoje, o Banco Central informou que sua projeção para a inflação em 2020 (considerando o cenário de mercado, com juros e câmbio estimados pelo mercado financeiro) é de 2,4%. Se confirmado, este porcentual ficará abaixo do piso da meta (2,5%) para o ano. O BC projetou inflação de 3,2% em 2021 e 2022. Ainda não foi informada a projeção para 2023. Durante coletiva de imprensa virtual sobre o RTI, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, negou que, em função da crise, a instituição possa "abandonar" a meta de 2021 para dar preferência à de 2022. "De forma alguma abandonamos a inflação. Nem abandonamos 2021 para passar para 2022", afirmou.