A pandemia do novo coronavírus causou impactos profundos na economia brasileira.
Notas de Real.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

O governo federal começou o ano com um superávit primário de R$ 43,2 bilhões, valor 2,1% menor do que o registrado no mesmo mês de 2020. Isso quer dizer que as receitas do governo (com impostos e outras fontes) em janeiro de 2021 superaram o total das despesas (Previdência, folha de pagamento e outros) em R$ 43,2 bilhões. O valor não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida, por isso é chamado de resultado primário.

O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Tesouro Nacional. É a primeira vez, após 11 meses de resultados negativos, que as contas fecham no azul. No ano passado, o governo fechou com rombo de R$ 743 bilhões, principalmente por causa dos gastos extras para combater os efeitos da Covid-19 na saúde e na economia. Neste ano, o Congresso autorizou o governo a ter um rombo de, no máximo, R$ 247,1 bilhões.

Tradicionalmente, janeiro já é um mês de superávit primário para as contas do governo central, formada pelo resultado do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social (RGPS). Enquanto o Tesouro e o BC foram superavitários em R$ 61,7 bilhões, a Previdência apresentou déficit de R$ 18,5 bilhões em janeiro de 2021.

O resultado de janeiro de 2021 ficou um pouco abaixo de 2020 devido a uma redução real da receita líquida em R$ 3,3 bilhões neste ano. Já as despesas totais estão em linha com as registradas em 2020, já que o governo está apenas executando os gastos necessários, pois o Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado pelo Congresso. O pagamento do auxílio emergencial também está suspenso e só deve retornar em março.