A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que as comissões de inquéritos (CPIs) no Congresso Nacional não devem atrapalhar o trâmite da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal. A informação foi dada à Folha de São Paulo, na noite desta segunda-feira (1).

"A própria oposição quer avançar com a pauta tributária. Esse Congresso é reformista. Ele está encampando a reforma tributária, assim como foi com a autonomia do Banco Central e a da Previdência. Por isso a coisa vai andar", afirma.

A ministra também demonstra confiança com o debate da exclusão dos benefícios fiscais de ICMS da base de cálculo de tributos federais IRPJ e CSLL, a ser julgado no STF (Supremo Tribunal Federal). A decisão, segundo ela, vai ser decisiva para trazer as receitas de que o governo necessita e evitar a apresentação de um terceiro pacote de medidas.

De acordo com a ministra, a nova regra fiscal “é uma peça da engrenagem” e “a bala de prata” é a reforma tributária. “Agora precisamos entender o momento que o Brasil vive. É um país mais polarizado, nós não temos maioria no Congresso e não podemos errar no que é fácil”, disse.

Sobre as CPIs do MST, Americanas e das Apostas Esportivas, a ministra disse que elas "estão distantes da realidade do povo brasileiro". "Não vão ter esse protagonismo, essa vitrine, e com isso paralisar o Congresso, como foi na pandemia", falou.

A única CPI que a ministra avalia que terá um impacto maior é a CPI do 8 de janeiro. Teber apontou que vai haver "uma exposição inicial" das comissões e depois elas vão "cair em cansaço, em ataques pessoais, grosseria". "A grande parte da população está preocupada com emprego e comida. Eu diria que 70% da população não está preocupada com a CPI", disse a ministra.