A dívida pública brasileira teve uma alta de 0,63% no mês de março e alcançou R$ 5,856 trilhões de acordo com dados divulgados nesta quarta (26) pelo Ministério da Fazenda. O aumento foi de R$ 36,6 bilhões em relação a fevereiro.
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, o aumento ocorreu, entre outros motivos, pelo aumento da volatilidade no mercado internacional, principalmente pela crise envolvendo bancos nos Estados Unidos e na Europa. “Essa instabilidade afetou a expectativa quanto à condução da política monetária, levando o mercado a precificar ciclos de aperto mais curtos e com menor nível de taxa de juros final”, disse a pasta em nota.
Ainda de acordo com o Ministério, o Tesouro Direto contabilizou vendas de R$ 6,84 bilhões e resgates de R$ 5,78 bilhões em março, resultando em uma emissão líquida de R$ 1,06 bilhão. O título mais demandado foi o Tesouro Selic (63,14%). O estoque alcançou R$ 110,47 bilhões, alta de 2,20% em relação a fevereiro. Os títulos indexados à inflação representaram 51,84% do estoque.
“O mês de março superou o maior valor anterior, de maio de 2019. É um programa que segue crescendo bastante. O número de operações do Tesouro Direto também bateu novo recorde, com quase 700 mil operações liquidadas em março. O número de investidores cadastrados continua crescendo”, completou Luis Felipe Vital, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro.