Torre de transmissão de energia elétrica. Energia. Sol.
A previsão para este ano é de que as perdas cheguem a R$ 8,2 bilhões. Já para 2022, esse valor sobe para R$ 14,2 bilhões.| Foto: Fernando Jasper/Gazeta do Povo

Um estudo sobre o impacto econômico do aumento no preço da energia elétrica calcula que o Brasil perderá R$ 22,4 bilhões em 2021 e 2022 em razão dos reajustes nas tarifas. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a pesquisa, o custo elevado da energia terá um impacto negativo direto na queda do PIB, na redução de empregos, no consumo, exportações e inflação.

A previsão para este ano é de que as perdas cheguem a R$ 8,2 bilhões. Já para 2022, esse valor sobe para R$ 14,2 bilhões. Segundo a CNI, neste ano, o consumo das famílias terá uma redução de R$ 7 bilhões, as exportações terão perdas equivalentes a R$ 2,9 bilhões e o impacto no emprego será de menos 166 mil postos de trabalho. Já em 2022, o consumo terá uma redução de 12,1 bilhões e as exportações devem cair cerca de R$ 5,2 bilhões. O impacto sobre os empregos deve ser de uma perda de 290 mil postos de trabalho.

“O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais e os erros regulatórios tornaram a energia elétrica paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira. Essa elevação do custo de geração de energia é repassada aos consumidores, com impactos bastante negativos sobre a economia”, afirma o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade.