5G
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À medida em que se aproxima o leilão das faixas de frequência da internet de quinta geração (5G), previsto para o primeiro semestre de 2020, operadoras e fornecedoras de telecomunicações têm defendido, junto ao governo federal, que a cobrança pelas outorgas não onere demais os participantes do certame. Caso contrário, sobrará menos dinheiro para as empresas investirem na implantação das redes que vão levar o 5G para a população, alegam.

A preocupação das teles é justificada pelo histórico do governo federal, que há tempos usa os leilões para bombar a arrecadação dos cofres públicos. Desde a sua criação, em 1998, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou 10 grandes licitações de faixas para serviços móveis, que resultaram numa arrecadação de R$ 33,7 bilhões, ou R$ 85,192 bilhões em valores corrigidos pela inflação. Um montante alto se comparado ao que as empresas já desembolsam por ano com manutenção e expansão das redes, na ordem de R$ 30 bilhões.

Os dados foram compilados em um estudo entregue para a Anatel pela multinacional sueca Ericsson, uma das maiores fornecedores de equipamentos de telecomunicações no Brasil, ao lado da finlandesa Nokia e da chinesa Huawei. O levantamento da Ericsson apontou também que o espectro das frequências no Brasil é o quinto mais caro em um ranking com 40 países.