“Aumento de receita não significa aumento de carga tributária. Ontem, por exemplo, vocês viram aqui o TCU, R$ 400 bilhões de subsídios, de incentivo fiscal. Uma revisão nisso dá um ganho importante”, afirmou Mercadante.
“Aumento de receita não significa aumento de carga tributária. Ontem, por exemplo, vocês viram aqui o TCU, R$ 400 bilhões de subsídios, de incentivo fiscal. Uma revisão nisso dá um ganho importante”, afirmou Mercadante.| Foto: LULA MARQUES

O coordenador dos grupos técnicos da equipe de transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante, afirmou na quinta-feira (17) que o grupo estuda a possibilidade de rever as isenções fiscais concedidas atualmente no país com o objetivo de aumentar a arrecadação federal sem elevar a carga tributária.

“Aumento de receita não significa aumento de carga tributária. Ontem, por exemplo, vocês viram aqui o TCU, R$ 400 bilhões de subsídios, de incentivo fiscal. Uma revisão nisso dá um ganho importante e há outras propostas bem interessantes que serão apresentadas no momento oportuno. Teremos belas surpresas nessa área”, afirmou Mercadante, durante entrevista coletiva no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição.

Na quarta-feira (16) o presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, entregou quatro relatórios de fiscalizações da Corte ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Em um deles, o órgão aponta a necessidade urgente de se revisar as isenções tributárias no país, calculadas em quase R$ 400 bilhões.

“O Brasil, hoje, possui mais de 4% do seu Produto Interno Bruto comprometido com isenções tributárias. São quase R$ 400 bilhões em isenções tributárias e, evidentemente, em um quadro de crise fiscal, isso é um dinheiro que faz muita falta”, alertou Dantas.