Colheita de cana da safra 2018/19 em usina do interior de São Paulo.
Colheita de cana da safra 2018/19 em usina do interior de São Paulo.| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Um dos fundos credores da Atvos, o americano Castlelake, estuda proposta para tentar salvar a empresa de açúcar e álcool do Grupo Odebrecht, que tem dívidas de R$ 12 bilhões. O fundo é credor da usina, com cerca de R$ 833 milhões a receber (US$ 221 milhões ).

A ideia é injetar capital e trocar a dívida por participação de cerca de 70% na companhia, em recuperação judicial. O plano também resultaria na troca da dívida dos bancos por ações e pagamento a outros credores, em cerca de 15 anos.

A Atvos pediu recuperação judicial em 29 de maio e tem 60 dias, contados a partir desta data, para apresentar um plano de reorganização financeira. O BNDES e o Banco do Brasil são credores de R$ 7,95 bilhões. Na lista estão também o Bradesco, com cerca de R$ 250 milhões, Votorantim (R$ 80 milhões) e Itaú Unibanco (R$ 106 milhões). Muitos profissionais do mercado consideram boas as nove usinas da Atvos. O fato é que a empresa estaria precisando urgentemente de recursos para renovar seu canavial.