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Avião da companhia aérea Gol| Foto: Arquivo/Antônio More/Gazeta do Povo

O presidente da Gol Linhas Aéreas, Paulo Kakinoff, afirmou que a empresa não tem na agenda hoje uma recuperação judicial diante da pandemia do coronavírus. Com a crise, algumas companhias tiveram até 100% dos seus voos suspensos e a queda na demanda pelo serviço se mantém. A retomada começou a acontecer agora, mas muitas empresas estão sem caixa para conseguir fazer frente aos seus passivos. Kakinoff, entretanto, foi detalhista: "Quando a pergunta se é possível uma recuperação judicial, a resposta é que ninguém pode responder impossível. Tudo é absolutamente possível. Porém, respondendo claramente, não temos nenhuma discussão, não enxergamos cenário que nos coloque nessa posição assumindo as variáveis que temos hoje, de recuperação de demanda, câmbio e custos de combustível. Dentro desse horizonte de variáveis que assumimos como mais prováveis, descartamos possibilidade de recuperação judicial", disse, durante evento promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, nesta quarta-feira (17). Questionado sobre a necessidade de caixa da empresa para conseguir atravessar esse período de turbulência, Kakinoff destacou que a Gol está em uma posição confortável até o final do ano. Apesar das dificuldades de se traçar um cenário para a recuperação do setor aéreo, o presidente da Gol estima que o mercado doméstico brasileiro deverá voltar a patamares anteriores à pandemia do Covid-19 em meados de 2021.