Esplanada dos Ministérios
Contas do governo central registral primeiro superávit em setembro desde 2012.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

As contas do governo central registraram o primeiro superávit primário para os meses de setembro desde 2012, com R$ 303 milhões. O resultado reúne contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. Há nove anos, as contas federais obtiveram resultado positivo de R$ 1,07 bilhão. Em setembro do ano passado, quando os desembolsos para o combate à pandemia estavam no auge, o déficit primário atingiu R$ 76,144 bilhões, resultado negativo recorde para o mês. O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo sem considerar os juros da dívida pública.

Com o desempenho de setembro, o governo central acumula saldo devedor primário de R$ 82,486 bilhões nos nove primeiros meses de 2021. Para este ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece meta de déficit de R$ 247,1 bilhões para as contas federais, mas o projeto de lei aprovado no fim de abril permite o abatimento da meta de até R$ 40 bilhões de gastos. A receita líquida subiu 9,3% em setembro, acima da inflação oficial pelo IPCA, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No mês, a receita soma R$ 128,146 bilhões.

A arrecadação recorde de setembro, influenciada pela recuperação da economia, melhorou as receitas administradas (tributos) em R$ 17,4 bilhões. As despesas totais caíram 36,4%, também descontando a inflação pelo IPCA e somaram R$ 128,146 bilhões. Em relação ao teto de gastos, o governo gastou, neste ano, 72,8% do limite de R$ 1,486 trilhão, numa conta que exclui cerca de R$ 30 bilhões em despesas fora do teto. Com informações da Agência Brasil.