Jair Bolsonaro na cúpula do clima
Jair Bolsonaro ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na Cúpula do Clima.| Foto: Marcos Correa/Presidência da República

Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro prometer a líderes de 40 países que iria dobrar os repasses públicos para as áreas de fiscalização ambiental, o governo federal anunciou um corte de R$ 240 milhões no orçamento geral dedicado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). No Ibama, os vetos somam R$ 19,4 milhões. Justamente as ações de controle e fiscalização ambiental realizadas pelo órgão foram as que mais perderam recursos, com corte de R$ 11,6 milhões. As ações de "prevenção e controle de incêndios florestais", tiveram um corte de R$ 6 milhões.

No ICMBio, o orçamento previsto para criação, gestão e implementação das unidades de conservação foi reduzido em R$ 7 milhões. Até mesmo o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima teve um corte de R$ 4,5 milhões. O maior corte feito na área ocorreu dentro do programa para melhoria da qualidade ambiental urbana, que é tocado pelo próprio MMA, com redução de R$ 203 milhões.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que vai tratar do assunto com o Ministério da Economia. "Essa parte de adequação dos valores precisaremos ver com o ministro Paulo Guedes", declarou. Sobre o fato de o governo executar um corte severo sobre aquilo que, até a quinta, tinha prometido que dobraria, Salles respondeu: "Deveríamos zerar qualquer corte e fazer o ajuste pelo dobro do previsto."