Superintendência da Receita Federal, em Brasília.
Superintendência da Receita Federal, em Brasília.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A operação-padrão dos auditores fiscais da Receita Federal gerou atrasos nesta sexta-feira (7) nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Itajaí (SC), Pecém (CE) e também no porto seco de Corumbá (MS). Os servidores começaram uma mobilização em dezembro para pressionar o governo por reajuste salarial. O Orçamento de 2022, aprovado pelo Congresso, prevê valor de R$ 1,7 bilhão para aumento de salários apenas das forças de segurança federais. A informação foi divulgada pelo pelo Estadão/Broadcast.

O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Transportadoras de Contêineres (ABTTC), Wagner Souza, afirmou que há atraso na liberação de cargas nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itajaí . Souza disse que "há mais critérios para as conferências de cargas", mas não especificou o tempo para liberação dos produtos.

A 7ª Região Fiscal da Secretaria da Receita Federal informou que a operação-padrão dos auditores está impactando as importações nas alfândegas dos portos e aeroportos do estado do Rio de Janeiro. No entanto, a liberação de bens essenciais, mercadorias perecíveis e produtos médicos e hospitalares, e a circulação de viajantes ocorre normalmente.

Nesta semana, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) anunciou que mais de 1.200 auditores entregaram os cargos, de um total de 7.500. Segundo o sindicato, há filas de caminhões no porto seco de Corumbá (MS), na fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Outras categorias do funcionalismo público federal também iniciaram movimentos por aumento salarial.