A maior variação mensal entre os grupos foi registrada por Vestuário (1,43%), com destaque para as altas de calçados e acessórios.
A maior variação mensal entre os grupos foi registrada por Vestuário (1,43%), com destaque para as altas de calçados e acessórios.| Foto: Lineu Filho /Tribuna do Paraná / Arquivo

Após registrar dois meses consecutivos de deflação, a prévia da inflação de outubro teve uma alta de 0,16%, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda nos preços dos combustíveis impactou novamente o índice, freando um aumento ainda maior. Com o resultado, o índice acumula uma alta de 4,80% no ano e de 6,85% nos últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, somente os grupos de Transportes (-0,64%), Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%) recuaram em outubro. Como ocorreu no mês anterior, a queda em Transportes (-0,64%) está ligada à retração nos preços dos quatro combustíveis pesquisados: etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%).

Entre as altas, o maior impacto veio do grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,10 p.p.), cujos preços subiram 0,80% em outubro, influenciados sobretudo pelo aumento nos preços dos planos de saúde (1,44%).

Já a maior variação mensal entre os grupos foi registrada por Vestuário (1,43%), com destaque para as altas de calçados e acessórios (1,82%), das roupas infantis (1,71%) e das joias e bijuterias (1,00%). As roupas masculinas (1,54%) e femininas (0,98%) desaceleraram frente ao mês anterior.

Outro resultado que impactou a alta do índice foi do grupo de Alimentação e bebidas (0,21%). A alimentação no domicílio (0,14%) teve impacto sobre esse crescimento, também influenciada pelo aumento nos preços das frutas (4,61%), da batata-inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%). Já o leite longa vida (-9,91%), o óleo de soja (-3,71%) e as carnes (0,56%) tiveram redução nos preços.

Já o grupo Habitação teve alta de 0,28%, com o aumento de 0,07% da energia elétrica. "Com a Lei Complementar 194/22, os serviços de transmissão e distribuição foram retirados da base de cálculo do ICMS em alguns estados. Mas foram identificados casos em que houve continuidade da cobrança e, no IPCA-15 de outubro, ocorreram ajustes para compensar a retirada do ICMS, a fim de contabilizar na conta padrão o que foi cobrado dos consumidores", aponta o IBGE.

Regionalmente, nove das onze áreas tiveram inflação em outubro. A maior variação foi registrada em Brasília (0,56%), com o impacto da alta nos preços das passagens aéreas (37,59%), e a menor, em Curitiba (-0,24%), influenciada pela queda da gasolina (-6,58%).