indústria automotiva
Fábrica de automóveis em São José dos Pinhais (PR)| Foto: Gilson Abreu/AEN

A expectativa da indústria automotiva é de que este ano seja melhor em vendas do que 2020. Mas, segundo o diretor do Sindipeças, Elias Mufarej, isso vai depender de variáveis como o tempo de restrição de circulação nas cidades para tentar frear a Covid-19, assim como do fechamento de concessionárias e de fábricas, que já está ocorrendo.

Na sexta-feira (19), a Volkswagen anunciou que suspenderá a produção em suas quatro fábricas no país por 12 dias a partir de quarta-feira para ajudar no combate à pandemia. “O mercado de veículos depende de renda, emprego e confiança dos consumidores; sem isso, é difícil ter demanda”, afirma ele. Foram esses fatores que levaram à retração do mercado no ano passado. A produção caiu quase 32% e teve o pior resultado dos últimos 16 anos, com 2 milhões de unidades.

Além da questão sanitária, a prorrogação da atual falta de peças para a produção – causada pela pandemia – é outro fator de vulnerabilidade para o setor da indústria automotiva. General Motors e Honda já interromperam a produção neste ano em razão da escassez principalmente de semicondutores. Para Mufarej, contudo, se a situação sanitária melhorar, com mais pessoas vacinadas, o ambiente econômico vai reagir e, consequentemente, a indústria automotiva.