Trabalhadores em uma indústria automotiva
Indústria anda aos trancos e barrancos no primeiro semestre de 2019. Uma sequência de boas notícias poderia mudar isso, diz FGV Ibre.| Foto: Brunno Covello/Arquivo/Gazeta do Povo

A avaliação do FGV Ibre, a partir dos dados de produção industrial do IBGE e também de confiança do setor da FGV. Na terça-feira (2), o IBGE mostrou recuo de 0,2% na produção industrial do mês de maio em relação ao mês anterior, e alta de 7,1% em relação a maio de 2018, em razão da base depreciada pela greve dos caminhoneiros no ano passado.

O resultado mostra que o setor continua avançando aos trancos e barrancos, com bastante volatilidade. Os primeiros indicadores antecedentes de junho para a indústria de transformação, por sua vez, não são muito favoráveis e os índices de confiança da Sondagem da Indústria da FGV recuaram, assim como o nível de utilização da capacidade instalada, que está em 75%, apenas 0.2 p.p. acima do nível de dezembro de 2018, refletindo ainda grande ociosidade.

Para o resto do ano, ainda é difícil afirmar com convicção se haverá recuperação consistente da indústria geral, diz o FGV Ibre. "Este pessimismo parece decorrer tanto do fraco desempenho do setor desde meados de 2018 quanto do ambiente de elevada incerteza. De qualquer forma, trata-se de um pessimismo moderado, que pode ser revertido com uma sequência de boas notícias", avalia o instituto.