Mais cedo, a Americanas pediu recuperação judicial após anunciar dívidas que somam R$ 43 bilhões.
Mais cedo, a Americanas pediu recuperação judicial após anunciar dívidas que somam R$ 43 bilhões.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou na tarde desta quinta-feira (19) o pedido de recuperação judicial feito pela Americanas. O juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio, determinou que a empresa apresente em 48 horas a lista completa de credores e a discriminação do passivo, informou o portal g1.

Mais cedo, o grupo pediu recuperação judicial após anunciar dívidas que somam R$ 43 bilhões com cerca de 16,3 mil credores. Além disso, a empresa afirmou que tinha R$ 800 milhões em caixa. A administração judicial da companhia será exercida por Bruno Rezende, da Preserva-Ação Administração Judicial, segundo o UOL.

“Trata-se de uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país, não só por conta do seu passivo, mas por toda a repercussão de mercado que a situação de crise das requerentes vem provocando e, por todo o aspecto social envolvido, dado o vultoso número de credores, de empregados diretos e indiretos dependentes da atividade empresarial ora tutelada, bem como o relevante volume de riqueza e tributos gerados”, escreveu o juiz.

O magistrado ressaltou que "a eventual quebra do Grupo Americanas pode acarretar o colapso da cadeia de produção do Brasil, com prejuízos em relevantes setores econômicos, afetando mais de 50 milhões de consumidores, colocando em risco dezenas de milhares de empregos".

Com a decisão, a varejista terá 60 dias para apresentar a primeira versão de um plano de reestruturação. Além disso, durante 180 dias a execução de todas as dívidas da empresa ficarão suspensas. Este prazo pode ser prorrogado por mais 180 dias.