O mercado financeiro começou a quinta-feira (17) em forte reação após novas declarações do presidente eleito Lula (PT) que, novamente, defendeu o fim do teto de gastos para “resolver” a situação social do Brasil.
O mercado financeiro começou a quinta-feira (17) em forte reação após novas declarações do presidente eleito Lula (PT) que, novamente, defendeu o fim do teto de gastos para “resolver” a situação social do Brasil.| Foto: Bigstock

O mercado financeiro começou a quinta-feira (17) em forte reação após novas declarações do presidente eleito Lula (PT) que, novamente, defendeu o fim do teto de gastos para “resolver” a situação social do Brasil. “Vai aumentar o dólar, cair a bolsa? Paciência”, afirmou o petista mais cedo, durante a Conferência do Clima da ONU (COP27), em Sharm El-Sheikh, no Egito.

O dólar comercial abriu o dia em forte alta de 1,79% e era negociado a R$ 5,4761 por volta das 10h20. Já na bolsa de valores, o Ibovespa caiu 2,33% e chegou aos 107.647 pontos.

Na quarta-feira (16) foi apresentada a PEC fura-teto que deve permitir ao futuro governo petista manter o Bolsa Família fora do teto de gastos. O texto não prevê um limite de prazo para retirar do alcance do teto de gastos os recursos necessários para financiar o programa, estimados em R$ 175 bilhões para 2023.

Além disso, cerca de R$ 23 bilhões em receita extra também poderão ficar fora do teto para serem destinados a investimentos públicos. Com isso, a PEC poderá liberar do teto de gastos R$ 198 bilhões em 2023. A proposta também deve retirar do teto as despesas de universidade feitas com receitas próprias.

Há uma semana, Lula afirmou que as pessoas não deveriam sofrer para garantir “a tal da estabilidade fiscal”. Após forte resposta negativa, o petista afirmou que nunca tinha visto um mercado tão sensível como o nosso.