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Cerca de 2 mil agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalham para liberar bloqueios e pontos de concentração de caminhoneiros em todo o país.| Foto: Divulgação/PRF

O desbloqueio de trechos em rodovias no país está condicionado por caminhoneiros à absolvição de "presos políticos" pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à tramitação do impeachment de ministros da Suprema Corte e do voto impresso auditável. Essas demandas contemplam a pauta que foi levada por líderes da categoria na reunião desta quinta-feira (9) ao presidente Jair Bolsonaro.

Após a reunião com Bolsonaro, os caminhoneiros falaram brevemente com a imprensa, mas evitaram abrir a pauta apresentada ao presidente da República. Contudo, procurado pela Gazeta do Povo, o líder caminhoneiro Odilon Fonseca, que participou da reunião com Bolsonaro, detalhou as reivindicações.

"Do STF, nós queremos a liberdade dos presos políticos", explica Odilon. O caminhoneiro fala em referência ao caminhoneiro Marcos Antônio Pereira, o "Zé Trovão", que teve a prisão preventiva decretada por Moraes; o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson; entre outros apoiadores de Bolsonaro.

Do Senado, os caminhoneiros exigem ser recebidos pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e que ele dê tramitação a pedidos de impeachment de 10 ministros do STF e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 113/2015, que prevê em sua redação uma reforma eleitoral e a impressão do voto para fins de auditagem.

"E do Senado, não aceitamos que o Pacheco receba nossa pauta e não nos atenda, como fez o Bolsonaro. Até que essas reivindicações sejam atendidas, os bloqueios continuam. Vamos interditar tudo, não viemos aqui para brincar, bater foto, nem sair de mãos abanando. Deixamos claro para ele [Bolsonaro] isso", explicou Odilon.