Segundo a Petrobras, a operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia.
Segundo a Petrobras, a operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia.| Foto: Antonio Lacerda/EFE

A Petrobras informou na noite de quinta-feira (11) que deu início ao processo de venda de seus direitos de mineração para pesquisa e lavra de sais de potássio localizados na Bacia do Amazonas. Nessa primeira etapa será realizada a divulgação da oportunidade. Segundo a empresa, as principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado.

Em comunicado, a petroleira informou que o ativo oferecido é composto por 34 títulos minerários de sais de potássio localizados na Bacia do Amazonas e outorgados pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Destes 34 títulos, oito são concessões de lavra, quatro são requerimentos de lavra e 22 estão em processo de autorização de pesquisa. Os direitos minerários abrangem a região do Amazonas nos alinhamentos Fazendinha-Arari-RUT1 e Maués-Boa Vista dos Ramos, compreendendo as cidades de Nova Olinda, Autazes, Itacoatiara, Silves, Itapiranga, Maués e Boa Vista dos Ramos.

A empresa divulgou um teaser com as principais informações sobre o ativo, bem como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes do procrsso. De acordo com o documento, o potencial de produção do cloreto de potássio proveniente dos depósitos de Fazendinha e Arari é equivalente à aproximadamente 6% da produção global atual e mais de um terço do consumo anual de potássio do Brasil.

O potássio é usado na produção de fertilizantes e o Brasil não é autossuficiente nessa área. Boa parte da demanda brasileira é abastecida por Rússia e Bielorrússia. “O conflito entre Rússia e Ucrânia reforçou a preocupação com a vulnerabilidade da dependência brasileira de importação de fertilizantes e demonstra as oportunidades associadas à produção local”, diz a Petrobras no documento. Ainda segundo a petroleira brasileira, a operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor e maior retorno à sociedade.