Petróleo
Somente em abril foram mais de 500 petroleiros contaminados nas unidades marítimas, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).| Foto: Petrobras/Agencia Brasil

Petroleiros do Norte Fluminense vão entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (3), em protesto contra o aumento dos casos de Covid-19 nas plataformas marítimas de exploração de petróleo e gás, informou o Sindicato do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Somente em abril foram mais de 500 petroleiros contaminados nas unidades marítimas, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), disse o sindicato em nota.

De acordo com a entidade, as negociações, nesta semana, entre o sindicato e a Petrobras fracassaram. A greve, que já havia sido aprovada pela categoria, estava suspensa durante processo de negociação com a empresa, mediada pelo Ministério Público do Trabalho. Os petroleiros consideram ilegal a escala implementada pela Petrobras, de mais de 14 dias do trabalhador embarcado, e exigem que a estatal considere a contaminação por Covid-19 como acidente de trabalho.

O 54º Boletim de Monitoramento da Covid-19, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na última segunda-feira (26), mostra que a Petrobras já registrou 6.418 casos de contaminação pela doença - 13,8% dos 46.416 trabalhadores próprios do Sistema Petrobrás. O Sindipetro-NF, no entanto, acusa que os casos de contaminação são bem maiores, já que a estatística da empresa não abrange terceirizados.