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A procura por ações da capitalização da Petrobras se intensificou ontem, último dia da oferta para quem já é acionista da estatal. Alguns investidores tiveram dificuldade em efetivar as reservas porque os telefones das corretoras estavam ocupados, ou porque os sites estavam sobrecarregados e ficaram fora do ar. Corretoras consultadas pela reportagem contam que chegaram a remanejar alguns funcionários para a área de atendimento específico às demandas da capitalização. Como essas empresas estão cumprindo o período de silêncio do processo, determinado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pediram para não ser identificadas.

Duas grandes corretoras de valores confirmam que não conseguiram atender a todos os pedidos. "Muita gente deixou para a última hora, aí ficou difícil atender a todas as demandas", diz um analista. Além disso, as corretoras ainda têm dúvidas sobre o processo. Na hora da reserva, por exemplo, os atendentes se confundem com as datas e inúmeras informações do processo. "É a maior oferta de ações que o mercado já viu, são muitas informações", admite o funcionário da corretora de um banco. Outro analista conta que o volume de abertura de novas contas na corretora também aumentou bastante. "Estão abrindo as contas para investirem na capitalização. Esperamos um forte volume de ligações para os próximos dias", diz.

Desde o dia 13 está aberta a oferta de ações ao varejo, em que qualquer interessado pode participar. O prazo para a reserva dessas ações vai até o dia 22. O investimento mínimo deve ser de R$ 1 mil e o máximo, de R$ 300 mil. A reserva desses papéis deve ser feita por meio de uma corretora ou de banco que negocie ações. Na hora da solicitação dos papéis, o investidor deve especificar quanto está disposto a investir na Petrobras. A efetivação total da reserva, no entanto, só ocorrerá se houver sobra de ações da primeira oferta, que terminou ontem.

Bolsa

Ontem, as ações da Petrobras fecharam o dia em baixa de 0,34% (PN) e 0,03% (ON). Sem confiança na recuperação da economia dos Estados Unidos, o investidor mostrou pouca disposição em voltar às compras. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve perda de 0,65%. A economia norte-americana apresentou sinais mistos. A demanda por auxílio-desemprego caiu, na atualização semanal, mas o imenso déficit comercial do país (acima de US$ 100 bilhões) aumentou mais um pouco em julho. O mercado de câmbio confirmou mais uma vez o viés de queda: a taxa cedeu para R$ 1,716, em um declínio de 0,63%, mesmo com os leilões do Banco Central, que aumentou o volume de suas compras diárias.

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