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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, receberá os ministros da Economia do G-7 (que inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e os EUA), membros do FMI e do Banco Mundial neste sábado para tratar da crise econômica, anunciou nesta quinta-feira, 9, a Casa Branca. Falando a repórteres no salão oval da Casa Branca nesta quinta após uma reunião com o presidente eslovaco Ivan Gasparovic, Bush disse que está comprometido em trabalhar com os líderes da Europa para desenvolver uma postura comum em relação à crise financeira.

O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, minimizou a possibilidade de o G-7 anunciar um plano de resgate global durante o fim de semana. Contudo, a administração Bush estudamedidas mais dramáticas para atenuar a crise de crédito. Essas medidas poderiam incluir a compra de participação em bancos que estão em dificuldades.

Perino afirmou que Paulson está "considerando ativamente" realizar injeções de capital nos bancos. A autorização para essa medida, disse a porta-voz, foi incluída no pacote de resgate de US$ 700 bilhões aprovado pelo congresso norte-americano na semana passada.

Para o presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, o G-7 precisa ficar "à frente da curva" e também ajudar os países mais pobres a lidar com seus problemas. "Eu espero que o G-7 aponte para uma ação coordenada que mostre que as autoridades estão à frente da curva", disse Zoellick antes do início da reunião do G-7 amanhã e do Bird e FMI no final de semana.

O grupo também deve olhar para além da turbulência financeira que está afetando seus países para que possa ajudar as nações mais vulneráveis. Como a crise é internacional "as ações e reformas precisam ser multilaterais", disse ele. Segundo Zoellick, os países pobres, que estão enfrentando o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, agora estão diante de um terceiro problema, porque as dificuldades financeiras continuam se espalhando. As informações são da Dow Jones.

Também no sábado, atendendo a um pedido do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atual presidente do G-20 Financeiro, convocou uma reunião do grupo para discutir os desdobramentos da crise financeira sobre a economia mundial. O G-20 Financeiro é formado por ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos 19 países mais ricos mais a União Européia.

A reunião ocorrerá na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, às 18 horas. "No exercício da presidência do G-20 Financeiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu convocar reunião extraordinária dos ministros de Fazenda, presidentes de bancos centrais e integrantes do bloco. O objetivo é discutir os aspectos da crise financeira mundial e seu impacto na economia global", informou Mantega, em nota.

O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, deve abrir o evento e falar sobre a crise do ponto de vista de seu país. Também está previsto discurso do ministro brasileiro, além de uma apresentação de um representante do Ministério da Fazenda chinês. O presidente do Banco Central brasileiro, Henrique Meirelles, também deve participar do evento.

Com o pedido para a realização do evento, Paulson deixa claro que os Estados Unidos querem atuar com alguma coordenação com as principais economias do planeta para enfrentar essa crise financeira, considerada a pior desde o Crash de 1929.

Ação dos BCs

Na última quinta, os principais bancos centrais do planeta já agiram de forma concertada no enfrentamento da crise, reduzindo as taxas básicas de juros. Apesar disso, a alta volatilidade nos mercados financeiros continuou ao longo do dia. O G-20 Financeiro já tinha uma reunião prevista para ocorrer no Brasil em novembro, mas, diante da gravidade da situação internacional, considerou-se necessário uma rodada de conversas mais próxima, aproveitando-se da reunião do FMI, que começa hoje, em Washington.Criado em resposta às crises financeiras do fim dos anos 90, o G-20 é composto pelos seguintes países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. A União Européia também faz parte do grupo, representada pela presidência rotativa do Conselho da União Européia e pelo Banco Central Europeu (BCE).

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