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As áreas de publicidade e recursos humanos estão entre as campeãs no uso de jargões, principalmente os importados. Arlette Zagonel, uma das diretoras da ZHZ Consultores, explica que em RH é extremamente comum o uso de termos como "coaching" (desenvolvimento de carreiras), "counselling" (aconselhamento de profissionais) e "assesment" (desenvolvimento de competências).

Na publicidade, é freqüente o uso das expressões POP e POS ("point of purchase" e "point of sale", que em bom português significam nada mais que "ponto de venda"). Isso sem contar os incontáveis nomes de peças de propaganda, como "wobler", "stopper", "display" e "strip". Márcio Tavares, vice-presidente de atendimento da agência Plano.Trio conta que até a correta aplicação desses itens nos pontos de venda tem um nome: "positivação", que o dicionário define como "ato de tornar concreto ou real".

Para tentar driblar as dificuldades dos funcionários em entender a linguagem dos executivos, a América Latina Logística (ALL) criou o seu próprio jargão, inteiramente baseado no futebol. O departamento comercial é o "ataque", enquanto a diretoria de operações é responsável pela "defesa", explica o gerente de gente e gestão, Rafael Jardim. Todo mês é um jogo, e o placar depende do desempenho.

Em épocas de bons lucros, ganha-se por 4 a 0, mas dependendo da situação o empate já é um bom resultado. O pessoal da administração trabalha na "sede", enquanto os funcionários do operacional ficam no "campo". "Com isso, o ambiente fica muito mais informal, acabam as barreiras de linguagem", diz Jardim. Mas ele admite que, entre os executivos, o uso do jargão corporativo ainda é comum – ou seja, volta e meia aparece uma palavrinha de salto alto, só para embolar o meio-de-campo. (FJ)

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