Caso se confirme, a fusão deve ter reflexos em todos os níveis da cadeia produtiva envolvida nos negócios, inclusive o consumidor final. "Em um mercado concentrado, o detentor do monopólio sempre impõe suas regras", analisa o consultor Gilson Faust, da Pactum Consultoria Empresarial.
No entanto, neste caso em especial, o consultor avalia que não deve haver prejuízos para fornecedores ou consumidores, já que o objetivo da Sadia, ao tentar a fusão, é se preparar para a concorrência imposta pelas multinacionais dispostas a entrar no mercado brasileiro.
Mesmo que os acionistas da Perdigão aceitem a oferta da Sadia, a fusão ainda deverá ser aprovada pelos órgãos que regulamentam a concorrência como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "E possível que ele imponha algum tipo de regra para que o negócio se consolide, como no caso da criação da Ambev, resultado da fusão entre Antartica e Brahma."
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Walter Fontana Filho, o processo de fusão das duas empresas, se confirmado, será submetido a todos os órgãos de regulamentação exigidos pela lei. "Acataremos qualquer decisão que vier. Mas é muito prematura falar em abrir mão de marcas, por exemplo. Primeiro a proposta precisa ser aceita." (CS)
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