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Governo reduz juros para financiamento da casa própria e saneamento

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A Caixa Econômica Federal encerrou o quadrimestre com volume recorde de recursos oferecidos ao financiamento da casa própria. Até 30 de abril, foram contratados mais de R$ 4,26 bilhões – 13% a mais que o oferecido no mesmo período de 2006. Com esse montante, segundo a CEF, foram financiadas mais de 146 mil unidades.

Dos seus recursos próprios, o banco aplicou R$ 1,6 bilhão (30.840 contratos) no quadrimestre, frente ao R$ 1 bilhão (24.626 unidades) financiado em igual período do ano passado. Desse volume, R$ 1,46 bilhão é referente a operações com recursos da poupança, o que representa um crescimento de 75% em relação aos quatro primeiros meses de 2006.

Outro crescimento significativo registrado foi no volume dos financiamentos para aquisição de imóvel novo e em produção, destinados à população com renda mensal de até cinco salários mínimos. "Hoje esse público já consome 52% dos recursos destinados a tais modalidades, quando até 2005 este percentual mal chegava aos 25%", afirma a presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho.

Juros menores

O aumento da procura pelo financiamento imobiliário é conseqüência direta da redução dos juros. A Caixa Econômica cobra juros de 6% ao ano mais TR das famílias de baixa renda e reduziu as taxas para a classe média - famílias com renda entre R$ 3,9 mil e R$ 4,9 mil - de 8,5% para 6,5% ao ano, na semana passada.

O dinheiro para esses financiamentos vem do FGTS e até 100% do imóvel pode ser financiado, segundo o Ministério do Trabalho. O valor máximo da casa ou apartamento a ser financiado é de R$ 80 mil (para todo o Brasil) a R$ 100 mil (Brasília e região metropolitana).

Segundo cálculos do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira, nos financiamentos de R$ 100 mil, com a redução da taxa de juros para a classe média, a economia deve ficar entre 5% e 8% do preço final do imóvel, no caso de financiamentos com prazo de 10 a 15 anos. Isso representa um ganho de R$ 8 mil a R$ 15 mil para o consumidor. Bradesco e Gafisa

O Bradesco, maior banco privado do país, espera financiar a aquisição de 34 mil imóveis neste ano. Essa meta vai elevar o total de recursos aplicados nesse tipo de financiamento de R$ 2,14 bilhões em 2006 para R$ 3 bilhões neste ano.

"Com a estabilidade da economia o mercado imobiliário tende a crescer fortemente. Temos investido fortemente na criação de uma estrutura que atenda as necessidades dos mutuários e empresas", disse o diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Milton Vargas.

No primeiro trimestre deste ano, o banco liberou R$ 670 milhões para o financiamento de cerca de 5.800 unidades.

A Gafisa, uma das maiores empresas do setor no país, espera um aumento de 60% a 65% nos lançamentos em relação a 2006.

"A crescente confiança do consumidor, a queda da taxa de juros e o forte redirecionamento de recursos dos bancos para o crédito imobiliário, comprovado por um crescimento de 116% no volume de financiamentos para habitação em março deste ano, ajudaram na expansão da demanda por novas moradias", diz o presidente da Gafisa, Wilson Amaral.

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