Na primeira audiência como réu sob acusação de crimes financeiros, o empresário Eike Batista optou pelo silêncio. Com uma equipe de quatro advogados e outros assistentes jurídicos, ele ouviu calado as acusações e discussões entre defesa e a procuradoria, ontem. Passou boa parte do tempo trocando mensagens pelo celular e tomando café.
Acusado de manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas, Eike pode ser condenado a penas de até 13 anos pelos crimes. O empresário chegou ao auditório da Justiça Federal do Rio 30 minutos antes do início da audiência, acompanhado de sua equipe de advogados: Sérgio Bermudes, Ary Bergher, Darwin Lourenço e Raphael de Mattos.
Antes da chegada do juiz federal Flávio Roberto de Souza, Eike passou algum tempo ao telefone trocando mensagens de amor com uma mulher nomeada em seu celular como "Flávia linda e encrenqueira". As mensagens eram repletas de corações e da expressão "meu amor". O empresário foi casado com Flávia Sampaio, com quem tem um filho de um ano e cinco meses. Ele não confirmou se ela era o destino das declarações.
Três testemunhas de acusação foram ouvidas: o superintendente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Fernando Soares Vieira; o economista José Aurélio Valporto, da Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários; e o ex-gerente da OGX Mauro Coutinho Fernandes. O juiz dispensou outros depoimentos e marcou novas audiências para os dias 10 e 17 de dezembro. Eike só falará após todas as testemunhas, em data a ser marcada. Uma sentença definitiva só deve sair em janeiro.
A defesa do empresário alegou não haver provas que o incriminem. Eike não quis falar com a imprensa.
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