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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou na noite de segunda-feira um projeto para elevar o limite de endividamento do país, derrubando a principal barreira para impedir um potencialmente catastrófico calote.

Na véspera do prazo final, a Câmara, de maioria republicana, aprovou o aumento do teto da dívida de 14,3 trilhões de dólares por 269 votos a 161 e enviou o projeto ao Senado para a aprovação final do Congresso.

O Senado, controlado pelos democratas, deve votar o plano às 13h (horário de Brasília) de terça-feira, segundo o líder democrata na Casa, Harry Reid. O acordo anunciado no fim de semana, que reduz o déficit em 2,1 trilhões de dólares, precisará de 60 votos no Senado para ser aprovado, disse Reid. Se passar, será enviada para sanção do presidente norte-americano, Barack Obama.

A partir de 2 de agosto, o Departamento do Tesouro dos EUA informou que não teria mais como contrair empréstimos para honrar todos os seus compromissos, o que teria sérias consequências para as finanças globais.

Líderes de ambos os partidos trabalharam por 11 horas seguidas para convencer suas bancadas sobre o acordo obtido com Obama, com o objetivo de encerrar um impasse que abalou a fé dos norte-americanos em suas instituições políticas e prejudicou a imagem do país no exterior.

Os mercados globais inicialmente demonstraram sinais de alívio com a perspectiva de os EUA evitarem o calote. Mas o risco de o país perder sua nota de crédito AAA, mesmo com a aprovação do acordo, contribuiu para conter a breve disparada nas bolsas.

Pelo acordo, o governo poderá se endividar mais até 2013, mas deverá cortar gastos ao longo de dez anos. Além disso, deve ser criada uma comissão parlamentar que recomendará, até o fim de novembro, um pacote mais específico de redução do déficit.

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