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O repique do câmbio não contaminou ainda a inflação, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não descarta um impacto nos próximos meses. Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do instituto, as "evidências históricas’’ mostram que a alta do dólar afeta, em primeiro lugar, os alimentos.

"A experiência tem mostrado, nas séries históricas do IBGE, que os primeiros impactos se vivenciam nos produtos alimentícios e nos artigos de higiene e limpeza. Depois, vai chegando a eletrodomésticos e artigos de TV e som, itens que têm influência direta do dólar."

Em setembro, porém, o câmbio ainda não pressionou a inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, o índice oficial do governo brasileiro) subiu 0,26%. Foi a menor taxa desde setembro de 2007 (0,18%). No ano, o índice acumula alta de 4,76%, ainda sob reflexo da forte alta do grupo alimentação no período, de 9,29%.

Já para os próximos meses, a expectativa é de uma inflação maior. A Tendências Consultoria colocou sob revisão sua projeção para 2008. "O risco de estourar o teto da meta do governo [6,5%] existe, sim, ainda mais num cenário de crise’’, afirma Marcela Prada, economista da consultoria. Ela afirma que, em setembro, os primeiros sinais de contágio do câmbio já foram sentidos nos índices de preço por atacado, sem, no entanto, chegar ao varejo.

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