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Atualizado em 04/05/2006 às 16h40

A reunião entre a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Paraná e representantes da Volkswagen que deveria acontecer na tarde desta quinta-feira (4) foi cancelada. O motivo do cancelamento foi a presença de um representante do governo do estado no encontro, que teria incomodado a empresa.

A empresa anunciou que ainda espera os representantes dos trabalhadores para uma reunião nesta tarde. O presidente do Conselho Político Automotivo do Paraná, Mario Lobo, afirmou que ficou surpreso em ser barrado no encontro. Em entrevista à CBN, ele afirmou que sempre participa deste tipo de reunião, principalmente às ligadas a acidente de trabalho, e que iria participar do encontro apenas como observador.

Uma nova reunião com a empresa só deve acontecer na próxima, segundo a assessoria do sindicato. Para definir estratégia contra as demissões uma comitiva paranaense viaja para São Bernardo do Campo, em São Paulo, e se reúne com representantes de todos os sindicatos ligados à Volkswagen na manhã desta sexta-feira (5).

A reunião tinha o objetivo de discutir detalhes do plano de reestruturação da empresa, que até a tarde desta quinta-feira não havia sido divulgado oficialmente os números de demissões que devem ocorrer na unidade de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, que emprega 4,2 mil pessoas.

As previsões do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC projetam que a fábrica paranaense poderá perder 33,8% do quadro de funcionários até 2008. A estimativa é de que sejam demitidas pelo menos 1.400 pessoas, 946 delas ainda neste ano.

A Volkswagen no Paraná foi inaugurada em janeiro de 1999 e atualmente tem quatro mil trabalhadores diretos. A fábrica é considerada moderna para os padrões mundiais, porque emprega na produção alta tecnologia. No ano passado, a empresa transferiu para São Bernardo do Campo a linha de produção do Fox europeu, o que significa menos cem mil unidades fabricadas na região de Curitiba.

Na quarta-feira, o presidente da Volks do Brasil não falou em números, mas disse que o plano de reestruturação da companhia prevê demissões e o fechamento de uma das quatro fábricas no país. Apenas a unidade de Resende, no Rio de Janeiro, que fabrica caminhões, não correria esse risco.

Os funcionários da Volks de São José dos Pinhais não têm estabilidade de emprego. Nas fábricas localizadas no ABC paulista, um acordo coletivo garante os empregos até novembro. Com isso, estima-se que as demissões em São José dos Pinhais devem ser as primeiras no país.Veja entrevista do presidente do sindicato dos metalúrgicos na reportagem em vídeo do ParanáTV

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